domingo, 17 de fevereiro de 2013

AGFAM



AGFAM
ASSOCIAÇÃO DOS GRUPOS FOLCLÓRICOS DO AMAZONAS


          Na tarde do dia 06 de Outubro de 1978, precisamente às 16:00 hs, no Auditório Alberto Rangel, reuniram-se para avaliar o Festival Folclórico de Manaus, o Diretor de Assuntos Culturais do Amazonas, Dr. Robério Braga e sua equipe, juntamente com um grupo composto dos seguintes folcloristas: Mario Ribeiro da Silva, Joaquim Xavier Ferreira, Ulzenilda Santos de Almeida, Aluízio Roberto de Alcântara, Wilson Ribeiro Queiroz, Antonio de Souza Alcântara (Batelão), Maria do Socorro Guimarães de Souza, Raimundo Nonato da Silva( Raimundão do Malhado), João Irineu Rodrigues( João do Buraco), Glaudecy de Souza, Agostinho Lais Godinho( Bumba Meu Boi Douradinho), Arivaldo Jatobá Simões, Ambrosina Valéria de Souza, os quais presenciaram a apresentação e aprovação da idéia da criação da AGFAM, formulada pelo Sr. Ivo Pereira de Moraes, representante da Dança Regional “Caninha Verde”.

          E, na noite do dia 10 de Abril de 1979, um grupo ainda maior de folcloristas preocupados com o futuro da cultura popular da Cidade de Manaus, mais precisamente relativa ao folclore (festival), e com grande apoio da hoje extinta Fundação Cultural do Amazonas, resolveram assinar a Ata de Criação daquela que anos depois seria considerada e chamada de “Entidade Mãe” do Festival Folclórico de Manaus, a autêntica herdeira direta do direito de organizar o tradicional “Festão do Povo”.
          A Direção da Entidade coube ao seu primeiro Presidente, Sr. Carlos Magno Duarte de Souza, representante da Tribo dos Andirás, e sob seu comando a AGFAM se organizou, ganhou personalidade jurídica, e em 1982, foi apresentado na Assembléia Legislativa do Amazonas, de autoria do eminente Deputado Estadual Josué Filho, o projeto de Lei, para que a mesma passasse a ser considerada de “Utilidade Pública”, proposta aprovada pela Augusta Casa Legislativa do Amazonas, e concretizado através do decreto Nº 7002 de 08 de Fevereiro daquele ano, assinado pelo Excelentíssimo Sr. Governador do Estado do Amazonas, Dr. José Lindoso.
          Ao longo de todos esses anos, a AGFM e a LIGA passaram por diversas situações, problemas e também desafios, e buscaram suas próprias soluções, dentro de suas filosofias organizacionais, comandadas sempre por seus presidentes. Contudo, imensas e tremendamente pesadas, foram as dificuldades e desafios, que os dirigentes e membros da AGFAM, enfrentaram para manter viva e bem acessa a chama do culto as nossas raízes e tradições, Falta de recurso financeiro, apoio logístico, apadrinhamento político. Porém, depois da implantação do programa “tripé determinante de sucesso”, ou seja, fé, união e trabalho, o qual adicionado ao forte amor pelo folclore, este nos fortaleceu e possibilitou a realização de nossos projetos com mais satisfação, prazer e criatividade. Eventos organizados e certamente colaboram para a manutenção e sobrevivência do mais autêntico e original evento popular de nosso Povo. Orgulho de gerações e querido por todos nós verdadeiros Folcloristas de Manaus/Am.
FESTIVAL FOLCLÓRICO DO AMAZONAS
          Com o apoio da ilustre família ARCHER PINTO, proprietária do “O Jornal e do Diário da Tarde”, e aproveitando a visita ao Brasil e a Manaus, do Presidente de Portugal FRANCISCO HIGINO CRAVEIRO LOPES, e sobre a coordenação do jornalista BIANOR GARCIA, participação também, da Madrinha do Festival Dona Maria de Lourdes Archer Pinto, Phillipe Daou, Herculano de Castro, nasceu em 21 DE Junho de 1957, no Campo do Quartel do 27 B.C ( Estádio General Osório), o FESTIVAL FOLCLÓRICO DO AMAZONAS.
          Evento que, já na sua primeira edição, apresentou e reuniu uma boa quantidade e variedade de danças folclóricas de diversos bairros de Manaus, numero estimado em torno de cinqüenta e dois Grupos Folclóricos fundadores.
         Nos primeiros anos, dentre os Grupos Folclóricos, nos diversos gêneros, as mais aguardadas pelo grande público, que prestigiava o Festival eram as apresentações dos Garrotes e Bumbás Corre Campo, Tira Prosa, Rica Prenda, Teimosinho, Diamante Negro, Campineiro, Brinquedinho, Pai do Campo, Malhado, Tira Teima, Garantido de Manaus, Mina de Ouro, Vencedor, Flor do Campo, Curinga, Luz de Guerra. As tribos Andirás, Manau e Maués, as Quadrilhas Primo do Cangaceiro, Brotinhos de São Francisco, Caipira na Roca, São João na Roca, Brasília na Roça, e as Danças Regionais Caninha Verde e Amazonense, Pássaro Currupião, o Cacetinho da Escola Técnica e a Ciranda do Ruy Araújo dentre outros.
          O Festival na década de 70, cresceu tanto em aceitação, que conquistou o agrado popular, e era sempre realizado no mês de junho, bem como, motivou a participação de novos grupos, ou seja, danças que nos bairros mais distantes, começavam a se organizar com o intuito de participar, e vários conseguiram a chance de mostrar seus trabalhos, acirrando ainda mais as disputas por títulos no Festival, que crescia em importância e orgulho para os participantes( público e danças).
          O local de fundação do Festival, hoje pertencente ao Colégio Militar de Manaus, com a chegada do mesmo na nossa Cidade, na década de 70, inspirou e determinou aos promotores do evento, iniciar a busca de um local maior, onde fosse possível, dotar tal logradouro de boa infra – estrutura, que pudesse receber o publico, sempre crescente, bem como, os turistas que também crescia em número.
Pois bem, saindo do Estádio General Osório, o “Festão do Povo”, foi editado no Parque Amazonense, Estádio da Colina, Estádio Vivaldo Lima (Vivaldão), locais que não agradaram, nem um pouco ao público e aos Dirigentes de Danças.
         E em 1979, com a fundação da AGFAM, cujo o presidente fundador Sr. Carlos Magno Duarte de Souza, juntamente com o Dr. Robério Braga, que representava a Orgão Estadual de Incentivo a Cultura, que também era responsável pela organização do Festival, resolveram juntamente com a Assembléia Geral da AGFAM, levar o Festival para a Praça Francisco Pereira da Silva, “Bola da Suframa”.
          Na Bola da Suframa, o novo local do Festival, apesar de estar localizado bem distante do centro da Cidade, contagiou principalmente as Danças localizadas nas proximidades, especialmente na Zona Centro Sul. Motivou centenas de jovens estudantes e trabalhadores do Distrito Industrial, que se encantavam com a infra - estrutura montada pelo Governo do Estado e Prefeitura de Manaus, os quais investiam considerável recurso financeiro, que propiciava ao grande público, inclusive assistir anualmente a apresentação de uma atração nacional, do tipo como o famoso cantor Luiz Gonzaga “O Rei do Baião”.
          A Praça da Bola da Suframa, era realmente o local que os Dirigentes de Danças, tinham pedido à Deus, era arborizada e tinha até um grande estacionamento, possibilitando por ocasião do Festival, erguer e manter a característica original do evento, ou seja, a de um grande arraial, com barracas, parque de diversão, enfim perfeita.
          Na década de 80, a praça querida por todos os folcloristas, foi abençoada, pois recebeu a honra de ser o palco da celebração da Missa Campal, celebrada por Sua Santidade o Papa João Paulo II, que visitou Manaus, naquele período.
          Porém, no início da década de 90, o Governador Gilberto Mestrinho, construiu e inaugurou o Centro de Convenções do Amazonas, hoje Centro Cultural do Amazonas(Sambódromo), e a partir daí o Festival passou a ser realizado na parte denominada “Ferradura”, todavia, o local infelizmente não contou com a aprovação do público e dos Dirigentes de Grupos Folclóricos. Pois, a zona urbana onde está localizado o mesmo, não possuía quantidade de Danças suficientes ou na mesma proporção, da quantidade que existiam na Zona Centro Sul, onde nasceram e se desenvolveram dezenas e dezenas de Danças, ao longo de 14 anos, que foi o período que Festival na primeira fase esteve na Bola da Suframa.
          No popular “Sambódromo”, foram vários anos de agonia, pois as Danças começavam a desanimar, pela ausência do grande público, e pela falta de apoio do Governo Estadual e da Prefeitura de Manaus.
Em 1997, diante da triste realidade, os Folcloristas da AGFAM e AGFM, resolveram reagir e procuraram o Prefeito em exercício, Omar Aziz, na sede da Secretária Municipal de Obras -SEMOSB, aonde, foram feitas várias reivindicações, cuja a principal foi o apoio da Prefeitura, para o retorno do Festival para a Bola da Suframa.
          O Prefeito em Exercício Omar Aziz, de pronto, concordou com as reivindicações e determinou a limpeza da área, montagem do tablado e colocação dos postes e linhas elétricas.
Com o retorno do evento para a “Praça do Folclore” como também é conhecida a Bola do Suframa, na noite de abertura do Festival, foi registrado pelos organizadores um público estimado em torno de 80 mil pessoas.
          Nos anos que se seguiram o sucesso foi cada vez maior, novas Danças se afiliaram as Associações Folclóricas, que organizam o evento que são: AGFAM – Associação dos Grupos Folclóricos do Amazonas; AGFM- Associação dos Grupos Folclóricos de Manaus; LIGFM ou Liga Independente de Grupos Folclóricos de Manaus.
          Infelizmente nova crise se abateu no Festival Folclórico, em razão da determinação do Governador Amazonino Mendes, que optou em construir na praça, o Memorial da Amazônia, projeto arquitetônico, que retirava de vez da praça o Festival Folclórico.
          Impossibilitados de realizar o evento na Bola da Suframa, a agonia se fez presente no meio dos Folcloristas de Manaus, pois em 2001, o único local que sobrou para que realizassem o 45º Festival Folclórico, era exatamente, não a ferradura do Sambódromo, mas a concentração do mesmo, e para complicar e prejudicar ainda mais, neste ano, o evento aconteceu fora da quadra junina, ou seja em Julho/ agosto, fugindo da tradição de mais de 45 anos de existência do “Festão do Povo”.
          Neste mesmo ano, com a transmissão da Rede Amazônica e a criação da “Super”Categoria, que consiste na disputa direta entre a AGFAM e suas Co-Irmãs (AGFM e LIGA), é interessante e digno de registro a grande vitória da AGFAM, pois dos 08(oito) gêneros disputados, a mesma sagrou campeã em 07sete), e ainda conseguiu eleger a Rainha do Festival Folclórico.
          Os primeiros “Super”Campeões da AGFAM e do Festival foram : Garrote Estrelinha, Quadrilha Juventude na Roca, Dança Nordestina Cabras do Capitão Galdino, Dança Regional Os Seringueiros, Cacetinho Tribo dos Tarianos da Escola Técnica, Tribo Clamor de Um Povo, e a Ciranda do Amor.
          Todavia, em 2002 os Folcloristas optaram em levar o evento para o estacionamento do Estádio Vivaldo Lima, para que o mesmo tivesse mais visibilidade.
          Em 2003, ao assumir o Governo do Estado do Amazonas, o atual Governador Eduardo Braga, orientado pelo seu Secretário de Obras, Ex. Vereador Bosco Saraiva, resolveu adaptar ou reformular o projeto o Memorial da Amazônia, e a partir daí, nasceu o projeto Centro Cultural dos Povos da Amazônia. E ainda, em função das obras na Bola da Suframa, o Festival foi novamente editado no estacionamento do Vivaldão, naquele ano e em 2004.
          Em junho de 2005, o Secretário de Estado de Cultura Dr. Robério Braga, Tony Medeiros Presidente da Fundação Villa Lobos, organizaram a inauguração e abertura oficial do 49º Festival Folclórico do Amazonas, juntamente com as quatro Associações (AGFAM, AGFM, LIGA e MBM), que contou com as presenças, do Governador Eduardo Braga, do Prefeito de Manaus Serafim Correa, que foram bastante aplaudidos pelo grande público presente, pois o Governador e o Prefeito, ao entender e atender o anseio da população, promovendo o retorno do “Festão do Povo”, para o palco sagrado do folclore na Bola da Suframa, incentivaram em muito o processo de crescimento e soerguimento do Festival Folclórico.
          E, naquela noite em que o C.C.P.A foi entregue, a população, pode constatar que o mesmo é dotado de uma grande arena medindo 60 x 90 m, arquibancadas para um público de 15.000 pessoas, banheiros amplos e fixos e a praça de alimentação.
          Em 2006, o ano do “Jubileu de Ouro” do Festival Folclórico, a AGFAM, optou em realizar uma produção artística desvinculada de suas Co-Irmãs, e apresentou o Projeto: Cidade Cenográfica do Folclore. O qual nascera com o objetivo de amenizar dificuldades financeiras, para a confecção de alegorias, por parte das Danças individualmente, e para atenuar equívocos do projeto arquitetônicos do C.C.P.A.
          A Cidade do Folclore, era uma cidadezinha fictícia, que tinha, um prefeito que convidara todos as Danças da AGFAM, para se apresentarem numa festa que durou 08(oito) dias, e a mesma era divida em duas partes: sede do Município e Zona Rural.
          A novidade agradou em muito, principalmente aos turistas e as crianças, que não se cansavam em tirar fotos, próximos dos personagens, feitos em isopor, que representavam nossas lendas, como o Mapinguari, Saci, Curupira e a Iara. Ficavam eufóricos com a vaca, o boi, o cavalo, o porco e a galinha com seus pintinhos, também todos esculpidos em isopor. Se maravilhavam ao ver uma réplica da casa do caboclo, casa de farinha, do milharal, o seringal, o poço, isto só falando da zona rural, sem citar ainda, o barco de recreio, e a cachoeira. Na parte da sede o público pode ver: a igreja, a prefeitura, câmara municipal, delegacia, escola, posto médico, coreto, venda etc...
          Pois bem, uma vez, realizando o Festival desvinculado da Co-Irmãs, como já foi dito, as disputas nas categorias “Super, Especial e A foram internas. A AGFAM em 2006, teve seus próprios campeões, nos Gêneros e Categorias oficiais que são:
GÊNEROS:
1-BOI BUMBÁ
2-GARROTE
3-QUADRILHA
( Tradicional, Americana, Cômica e Alternativa)
4-DANÇA NORDESTINA
5-DANÇAS REGIONAL
6-CACETINHO
7-TRIBO
8-CIRANDA
9-DANÇA NACIONAL
10-DANÇA INTERNACIONAL

CATEGORIAS:
“SUPER”
“ESPECIAL”
“Ä"


Festival Folclórico do Amazonas

          O Festival Folclórico do Amazonas teve início no dia 7, primeiro sábado de julho. Durante os dias que se seguiram, contou com apresentação de quadrilhas, cirandas, danças nordestinas, tribos, garrotes, bois, cacetinhos, danças nacionais e internacionais numa  profusão de cores, ritmos e cultura.

          Festival Folclórico do Amazonas
          De acordo com Raimundo Nonato Torres, presidente da Associação Movimento Bumbás de Manaus, o movimento foi criado para congregar os bumbas de Manaus, em 2002. “Queríamos fazer um festival só dos bois para renovar o estilo e a forma de apresentação. O estilo e a forma antigos, o batuque e alguns brincantes  em torno do boi não agradava mais. Tínhamos de fazer como os Parintins, que também evoluíram do que eram”, comentou.
          De 2000 a 2003 os bois de Manaus realizavam um festival popular. Com o apoio e recursos da prefeitura e do governo do estado, passaram a integrar o Festival Folclórico do Amazonas, “sempre encerrando-o em grande estilo”, completou Nonato.

Festival Folclórico do Amazonas
         Os bois de Manaus mantêm alguns diferenciais em relação a Parintins. “Continuamos a realizar o Auto do Boi, em torno do qual a brincadeira acontece, mas mantivemos os vaqueiros e os rapazes, originários das antigas brincadeiras, com seus chapéus e roupas características”, contou.
O presidente acrescentou que empresários e amigos de cada bumbá são responsáveis por pelo menos 10% do orçamento.“Os restantes 90% vêm da prefeitura e do governo do Estado, mas no próximo ano, duas organzações vão ajudar a nos profissionalizarmos para conseguirmos apoio de grandes empresas”, afirmou.

Um comentário:

  1. Gostaria de visualizar fotos do Festival do ano de 2006. A quadrilha Cômica Os Bagunceiros da Roça, foi um grande destaque daquele ano. Se puderem publicar essas imagens ficaria bem legal!

    ResponderExcluir